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sábado, 5 de dezembro de 2009

Meus Pensamentos na História/Geografia da Rua Grajaú, n.º 33, Grajaú, Rio de Janeiro, Brasil

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Hoje, segundo o Google Maps, o número 33 da Rua Grajaú, RJ, abriga a Creche Escola Tagarelando, a cerca de um quilômetro do Shopping Iguatemi.

Na minha memória, o n.º 33 é uma vila. Hoje teria o nome de condomínio fechado residencial: Uma fileira com cerca de 7 a 9 residências, de frente a outra fileira similar, com uma área de uso comum entre as duas fileiras, com cerca de 10 a 20 metros de largura.

As casas, estilo classe média B ou C, piso de tacos, janela com parapeito integrado a um pequeno espaço onde florava umas flores pequeninas, de cor rosa-avermelhada, dispostas em um caule espinhoso, guarnecendo as janelas junto ao pátio de uso comum. A imagem dessa planta florida e espinhosa no parapeito das nossas janelas, é o meu pensamento mais vivo, ao relembrar nosso viver naquela vila.

O cheiro do Rio de Janeiro, daqueles tempos, era sempre um cheiro agradável, novo, com toques florais. brisa leve. Nenhuma favela existia. Creio que nem mesmo esse nome, favela. Deve ser um neologismo inventado depois do nosso conviver agradável. Que o bairro do Grajaú é agradável, isso até hoje, mesmo com as favelas sufocando-o.

Bom, mas o ar era especial. Eu era criança. A novidade da transmissão a cores na televisão despertava o nosso olhar. Manda Chuva, Os Flintstones e a Pantera Cor-de-Rosa (esta em horário nobre, cinco minutos antes do Jornal Nacional), eram as únicas melhores atrações. Também estava nascendo o Jornal Hoje, muito bem elaborado, já àquele tempo. A novela, em branco-e-preto, era Selva de Pedra. Os saudosos Carlos Eduardo Dolabela e Dina Sfat faziam dupla em um núcleo antígono ao casal formado por Regina Duarte e Francisco Cuoco.

Nossa vida resumia-se em estudar. Papai, recentemente retornado de um curso postal em Costa Rica (Único representante do Brasil, selecionado em teste-concurso de apenas uma vaga), estava sendo massacrado nos Correios, à época comandado por um general. Nós éramos crianças. Não sabíamos de nada desses acontecimentos e, nos fins-de-semana, praias. No início no Aterro do Flamengo. Depois Ipanema, Copacabana e, ao final, sempre a Barra da Tijuca, onde o trajeto, 'per si', já fazia parte do pacote de fim-de-semana.

Ao lado da nossa vila, existia um Supermercado Peg-Pag onde eu ia diariamente mais de não sei quantas vezes. Usávamos o Peg-Pag como se fosse a nossa dispensa de guardar mantimentos.

Os funcionários já nos conhecia. Tínhamos livre acesso, inclusive com direito a degustyação de frutas, notadamente banana-d'agua e uvas. Às vezes, lembro, passava horas lá dentro, olhando ou brincando na seção infantil.

Olhando o mapa do google, vê-se a Clínica Pediátrica Baby Help, na Rua Br. do Bom Retiro, onde àquele tempo existia uma Casas da Banha. Na mesma rua, do outro lado, descendo em direção ao ponto de ônibus próximo ao número 2723, existia uma padaria (talvez ainda exista), onde eu ia diariamente comprar uns dois litros de leite pasteurizado CCPL, tipo C, e pão-bengala.

O cheiro gostoso de todo aquele trecho, misturado com o da Banca de Revista que existia ao lado do Supermercado Peg-Pag, o sol ameno, inda hoje mantenho em minha memória olfativa.

A verdade é que as belezas naturais do Rio de Janeiro são excepcionais. O verde das plantas é um verde forte, brilhante, bem diverso do verde que existe em outras cidades e regiões.

Na vila, quase não havia amizade, pois os moradoes das outras casas ou passavam o dia fora ou o passavam trancados dentro de casa. Apenas uma vez, lembro, na pequena varanda de acesso à porta frontal das casas, passei uma manhã jogando Banco Imobiliário (ou War, não sei), com algumas outras crianças.

Não existia ainda a inflação que instalou-se alguns anos depois. Lembro bem que um litro de gasolina custava exatos 82 centavos - e eu, na ingenuidade de criança, lembro de haver pensado, um dia: "Por que não fica logo igual um litro a um cruzeiro (moeda na época)".

Mal sabíamos que a inflação chegaria por aqueles dias.

Assim, com nostalgia, relembro aqueles dias de minha infância. Co

referente a:

"R. Grajaú, 33 - GrajaúRio de Janeiro - RJ, 20561-140"
- Rua Grajaú 33 Grajaú, Rio de Janeiro - Google Maps (ver no Google Sidewiki)

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